quinta-feira, 20 de outubro de 2011
domingo, 16 de outubro de 2011
INEVITÁVEL
No escuro frio, projeto o meu velório
E meu coração se quebra em mil pedaços
A voz sombria que me atira pedras
Degladia com a velha cega
E a minha vida vira um fino galho
Ah! Triste vozes que em mim se confrontam
Quanta saudade tenho da infância
Dos tempos meus em que à noite eu ria
Hoje cansado de buscar respostas
Na madrugada fecho as duas portas
E espero o sol anunciar o dia
CORAÇÃO RASGADO
Nunca imaginei que gostar doesse tanto. Que me rasgasse por dentro feito um papel e me fechasse por fora como um velho baú. Era tão simples falar da dor dos outros que eu chegava a fazer de lágrimas poemas e do sofrimento inspiração. Mas, agora, quando é o meu coração que aperta, quando são meus olhos que choram, eu me perco e me transformo num poço vazio.
É como se dentro de mim nada houvesse. Como se meu corpo e meu espírito estivessem desconectados. É como se existessem lágrimas por toda a parte de mim. Como se chorassem meus pés, chorassem meus braços, chorasse meu coração e ainda mais meus olhos. Como se minha alma fosse feita de lágrimas e meu corpo de sentimentos.
É uma ferida aberta contra meu peito. Uma dor insuportável que me faz desejar nem mais viver. Por diversas vezes tentei me entender, mas jamais encontraria explicação. Não há como achar respostas, quando ainda nem se tem as perguntas. São dúvidas perdidas entre dúvidas e eu perdido dentro do meu próprio eu.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
SÓ PARA NÓS DOIS
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Amo-te
Amo-te imenso
Amo-te triste
Amo-te tenso
Amo-te a todo o momento
Amo-te pelo simples prazer de te amar
Mesmo quando a dor da tua ausência vem me torturar
Amo-te pelas doces lembranças
Com a verdadeira pureza que há em uma criança
Amo-te pelas carícias vividas
Beijos doces
Abraços apertados
E por todo o tempo que ficou ao meu lado
Amo-te ao quadrado
Amo-te se estou na praia
Amo-te se estou na rua
Amo-te se estou sorrindo
Ou chorando por saudade tua
Amo-te a qualquer hora
Amo-te em qualquer lugar
Amo-te em casa
Amo-te num bar
Amo-te por te amar
Amo-te em sonhos
Em realidade
Em pesadelo
Em miragem
Amo-te e com lealdade
E quando lembro dos teus afagos
Quando recordo das tuas carícias
Amo-te com sentimento
Mas também te amo com malícia
Amo-te imensurável
Amo-te dormindo
Amo-te cantando
Amo-te indo
Amo-te voltando
Amo-te perdendo ou te amo ganhando
Amava-te ontem
Amo-te hoje
Amar-te-ei amanhã
Amar-te-ei sempre
Do instante presente
Ao meu eternamente
Amo-te
Amo-te
Amo-te
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
UM CAOS FANTASMAGÓRICO
Sou um gorila preso em uma jaula de aço. Não acompanho as etapas da minha evolução. Penso, ajo e choro como um símio na idade da pedra. Sinto roubada a liberdade que o homem tanto sangrou para alcançar, e que deixei escapar pelas minhas mãos.
Luto sem pensar na vitória; perco sem sentir-me humilhado; percorro as estradas do meu passado, mesmo com medo dos buracos escuros; Sonho com a pura inocência de uma criança e arrisco com a inconsequência de um insano; Mas, no fundo, não passo de um vigia do meu eu, que controla e monitoriza cada um dos meus movimentos.
Sou fruto do apodrecimento das idéias, reflexo da decomposição dos insultos e de uma rejeição latente. Poderia, com muito esforço, esquecer de cada uma das minhas dores, mas jamais seria capaz de esquecer da dor de uma rejeição. A rejeição não dói e não mata. Ela simplesmente me consome vivo. Devora a lucidez como uma fera devora sua presa.
Preciso fugir desse caos fantasmagórico, mas esse pesadelo me perseguirá até o meu suspiro final. No fundo, sou uma grande pergunta buscando por uma pequena resposta. Ou, quem sabe, não passo de uma simples aspas em meio a tantas reticências.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
DOR ETERNA
No começo, tudo era belo. Um romance claro, colorido, mas que, pouco a pouco, foi perdendo o brilho. As cores desbotaram e tudo foi ficando preto e branco. Até que, um dia, escureceu por completo.
Mas, com todo esse tempo, algo de importante me foi descoberto: não importa o que eu faça, sempre lembrar-me-ei de você. Dos momentos que passamos juntos e dos momentos em que, mesmo separados, meus pensamentos estavam inteiramente no seu “EU”. E sabe de onde provêm todas essas lembranças? Do meu peito. Afinal, amor e ódio estão, intimamente, ligados, e esses dois sentimentos possuem o mesmo berço materno; o coração.
Você já me fez feliz, não tenha dúvidas, e eu mentiria se dissesse o contrário. Mas quando alguém nos provoca uma dor profunda, essa dor se eterniza, e não há felicidade no mundo que a faça sanar.